Papa Francisco |
A reforma do governo central da Santa Sé é uma reivindicação dos cardeais, manifestada tanto em declarações públicas como nas sessões preparatórias do conclave. É certo que começará pela Secretaria de Estado, presidida pelo cardeal Tarcísio Bertone, que deverá ser substituído.
Ao contrário de Bento XVI, que anunciou a nomeação de novos auxiliares imediatamente após ter sido eleito, em 2005, Francisco preferiu manter interinamente toda a equipe do pontificado anterior, para depois fazer uma reestruturação em bloco. Os atuais prefeitos continuam nos cargos, mas sem saber se serão reaproveitados.
Daí o silêncio de alguns cardeais, enquanto não sai a reforma. O brasileiro João Braz de Aviz, prefeito da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e Sociedades de Vida Apostólica, crítico da Cúria nas reuniões pré-conclave, foi muito arredio à imprensa antes da eleição de Francisco e continuou discretíssimo depois, sob a alegação de que, nesse momento, era prudente nada falar.
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